Soldado que matou Bin Laden está sem seguro de saúde
Em Portugal queixamos-nos do SNS – Sistema Nacional de Saúde sempre que temos de recorrer aos hospitais ou aos centros de saúde. Se percebemos a necessidade de contratar um seguro de saúde que complemente os cuidados médicos presados pelo SNS, e o fazemos, também nos queixamos que é caro demais, ou que temos que fazer este ou aquele co-pagamento por este ou aquele exame médico.
Atente então num caso paradigmático do estado dos cuidados de saúde no país que todos consideramos muito civilizado – nos Estados Unidos da América, onde o seu atual presidente muito tem tentado fazer para garantir mais saúde a todos em geral.
Por certo saberá que as Forças Armadas dos EUA conseguiram aniquilar Osama Bin Laden em maio de 2011.
O soldado dessa unidade de elite que matou Bin Laden deixou as Forças Armadas após 16 anos de serviço, e pelos vistos, com uma carreira assinalável, pois, goste-se muito, pouco ou nada, todos concordarão que abater o maior inimigo dos EUA, ao fim de uma perseguição de tantos anos, foi um ato muito apreciado pela América enquanto nação.
A notícia, é que esse soldado que abateu o líder supremo da Al-Qaeda está agora sem seguro de saúde, o que na América é trágico.
O próprio, na primeira pessoa, em entrevista à revista Esquire, revelou que o seguro de saúde para ele e para a família terminou após se retirar do ativo, e diz que perguntou se havia algum tipo de transição entre o plano Tricare, que é o plano de saúde dos militares, e o plano Blue Cross, que é um outro de caráter civil.
O soldado que continua a não se querer identificar, refere que lhe responderam que não, que estando fora do serviço, a cobertura tinha simplesmente terminado.
Agora terá que pagar 500 dólares mensais, o que equivale grosso modo a 373 euros, para ter alguma garantia na doença.
Se nos EUA é assim para um soldado que consumou o desejo de um povo ao fim de dez anos de tentativas, imagine o que é um vulgar cidadão ver-se sem rendimentos que lhe permitam arcar com o seguro de saúde que necessita.
Espreite também um vídeo com muitas cara conhecidas dos americanos.
Cheio de celebridades das principais séries televisivas, este vídeo é uma enorme ironia sobre os seguros de saúde nos EUA, e sobre os lucros das seguradoras norte-americanas, postos em causa com a administração Obama.