Capital do seguro de responsabilidade civil automóvel sobe para 6 ME
Se é um dos poucos (cada vezes menos) portugueses que comprou carro novo neste mês de junho, já se deve ter apercebido do que lhe vamos dar conta.
Desde o início de junho que todas os seguros de automóvel passaram obrigatoriamente a ter como capital mínimo de responsabilidade civil seis milhões de euros: cinco milhões de euros para danos corporais e um milhão de euros para danos materiais.
Desde a entrada em vigor em Portugal da 5.ª Diretiva de Seguro Automóvel, esta é a terceira vez que o capital mínimo do seguro de responsabilidade civil obrigatório sofre uma atualização.
Pese este incremento nas responsabilidades das seguradoras, o impacto nos prémios de seguros não deverá ser significativo.
Efetivamente, apesar de todas as companhias de seguros terem sido obrigadas a realizar a revisão em alta dos capitais mínimos das suas apólices, esta deverá ser das três atualizações, a que menos impacto terá nas tarifas das companhias, já que a crise económica tem influenciado negativamente o poder de compra das famílias e as seguradoras estão conscientes que eventuais aumentos dos prémios dos seguros poderiam levar a quebra de clientes.
Outro fator que contribui para que tudo fique relativamente como está, é o facto do ramo Automóvel continuar a ser um dos mais competitivos. Tanto que temos assistido à continuada descida dos prémios médios do seguro automóvel.
Ao aumentarem muito as tarifas, as seguradoras estariam a dar um tiro no pé, numa altura em que os portugueses menos recetividade demonstram em relação à contratação de seguros que não os obrigatórios, o seguro automóvel e outros obrigatórios como o de incêndio ou o seguro de acidentes de trabalho, são aqueles que mantêm o equilíbrio do volume de negócios das empresas de seguros.