FGA reduz indemnizações mas regista mais sinistros em 2024

Setembro 24, 2024

O Fundo de Garantia Automóvel (FGA) desempenha um papel essencial na proteção das vítimas de acidentes rodoviários, especialmente em casos de condutores sem seguro ou desconhecidos. No primeiro semestre de 2024, o FGA pagou 6,34 milhões de euros em indemnizações, uma redução de 6% face ao mesmo período do ano anterior, apesar de ter registado um aumento de 18% na abertura de processos, totalizando 2.129 novos casos. Este aumento reflete a crescente circulação rodoviária no período pós-pandemia. Veja tudo sobre o FGA.

FGA reduz indemnizações mas regista mais sinistros em 2024

As principais causas de sinistros relatados incluem colisões entre veículos, despistes e atropelamentos, com as infrações mais comuns sendo o incumprimento da distância de segurança e o excesso de velocidade. O FGA atua também na compensação de danos materiais e lesões corporais, sendo que o valor médio pago por veículos em perda total foi de quase 29 mil euros.

A importância do FGA no sistema de seguros automóveis

O FGA, gerido pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), é crucial para assegurar o cumprimento das obrigações indemnizatórias em acidentes rodoviários. Quando o responsável por um acidente não tem seguro obrigatório ou é desconhecido, este fundo público é ativado para garantir que as vítimas não ficam desprotegidas. O FGA tem um papel determinante na estabilidade do sistema de seguros, funcionando como uma rede de segurança para os casos em que a cobertura habitual não se aplica.

Aumento dos custos com sinistros e regularização

Com a reabertura das atividades económicas e o aumento do tráfego rodoviário após a pandemia de Covid-19, houve um crescimento significativo na abertura de processos e nos custos associados à regularização de sinistros. Em 2024, as despesas com reembolsos e regularização de sinistros subiram 36%, atingindo 718 mil euros. Esta tendência reflete a evolução da economia, mas também o impacto da inflação nos prémios de seguros, que têm vindo a aumentar progressivamente.

Estatísticas sobre os sinistros mais comuns

A grande maioria dos sinistros relatados resulta de colisões entre veículos (87,7%), seguidas por despistes (9,3%) e atropelamentos (2,3%). A principal infração de trânsito foi a falta de distância de segurança, com 26,6% das ocorrências, seguida por manobras irregulares e velocidade excessiva. Estes dados evidenciam a necessidade contínua de medidas de prevenção rodoviária, para reduzir o número de acidentes e, consequentemente, as indemnizações pagas pelo FGA.

Tendências futuras e impacto económico

A expectativa para os próximos anos é de que o mercado de seguros automóveis continue a crescer, impulsionado tanto pela inflação como pelos incentivos governamentais para a venda de veículos elétricos. A ASF prevê uma taxa de crescimento anual composta de 4,7% no setor entre 2023 e 2028. Este crescimento irá provavelmente impactar o volume de contribuições para o FGA, que são provenientes dos tomadores de seguros de responsabilidade civil obrigatória. No entanto, também espera-se que os custos com sinistros continuem a aumentar, à medida que mais veículos circulam nas estradas.

 

Com formação em Marketing e em Pubicidade, faz parte do núcleo de fundadores do portal Seguros Mais.

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