Maior investimento de seguradoras em empresas – por Draghi

Setembro 15, 2024

O relatório recentemente apresentado por Mario Draghi à Comissão Europeia destacou a necessidade de uma revisão significativa do envolvimento das seguradoras e fundos de pensões no financiamento de empresas inovadoras na Europa. O documento sugere que a regulação Solvência II, que atualmente rege o setor segurador na União Europeia, deve ser ajustada para permitir que essas entidades possam investir diretamente em capital de risco e apoiar o crescimento das empresas europeias. O objetivo é melhorar a capacidade de financiamento de longo prazo e dinamizar os mercados de capitais, que se encontram subdesenvolvidos em comparação com os EUA e o Reino Unido. Descubra mais sobre seguradoras.

Maior investimento de seguradoras em empresas - por Draghi

Segundo Draghi, o papel das seguradoras vai além de proteger os segurados, sendo crucial no fomento de empresas emergentes e tecnológicas. Os fundos de pensões, por sua vez, têm um potencial de crescimento significativo, uma vez que os seus ativos na Europa representam apenas 32% do PIB, muito abaixo dos números verificados nos Estados Unidos e Reino Unido. Para competir com as economias mais desenvolvidas, é necessário aumentar a disponibilidade de capitais de longo prazo que possam ser canalizados para empresas inovadoras e setores em expansão.

A importância do capital de risco para as empresas inovadoras

O capital de risco é vital para o crescimento de empresas inovadoras, especialmente em sectores como a tecnologia, energias renováveis e biotecnologia. O relatório de Draghi sublinha que as seguradoras e fundos de pensões podem ser um pilar fundamental neste processo, ao investirem diretamente nas fases de scale-up das empresas, permitindo o seu crescimento sustentado. Esta abordagem beneficiaria não apenas as empresas, mas também a economia europeia em geral, aumentando a competitividade global.

O papel das seguradoras na Solvência II

A regulação Solvência II foi implementada para garantir que as seguradoras operam com segurança, tendo capital suficiente para cobrir os riscos a que estão expostas. No entanto, este regulamento também limita a capacidade das seguradoras de investir em ativos de maior risco, como o capital de risco de empresas emergentes. O relatório de Draghi recomenda uma revisão dessa regulação para permitir que as seguradoras possam participar mais ativamente no financiamento de empresas inovadoras, sem comprometer a segurança financeira.

Fundos de pensões e a oportunidade de investimento em empresas europeias

Outro ponto importante do relatório é o subinvestimento dos fundos de pensões em empresas europeias. Em comparação com os Estados Unidos, onde os fundos de pensões são responsáveis por grandes volumes de investimento, a Europa está muito atrás. Draghi destaca que os fundos de pensões europeus representam apenas 32% do PIB, um número preocupante que impede o desenvolvimento pleno das empresas locais. A recomendação é que esses fundos invistam mais em capital de risco, ajudando empresas inovadoras a expandirem-se.

Ao fomentar o investimento de seguradoras e fundos de pensões em empresas inovadoras, a Europa poderá alcançar um novo patamar de crescimento económico, aumentando a competitividade e criando um ecossistema mais robusto para empresas emergentes.

 

Com formação em Marketing e em Pubicidade, faz parte do núcleo de fundadores do portal Seguros Mais.

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