Seguradoras planeiam subir investimentos em ativos privados

Outubro 15, 2024

As seguradoras em todo o mundo estão a adotar uma abordagem estratégica cada vez mais focada no investimento em ativos privados e infraestruturas de energia limpa. Esta mudança de enfoque foi destacada no 13º Global Insurance Report da BlackRock, que revela que 91% das seguradoras inquiridas planeiam aumentar a alocação a esses ativos nos próximos dois anos. Este valor é ainda mais elevado em regiões como a APAC e América do Norte, onde o percentual chega a 96%. Com estas iniciativas, as seguradoras visam promover a diversificação dos seus investimentos e responder às necessidades crescentes de mitigação de riscos climáticos e regulatórios. Para mais informações sobre seguradoras.

Seguradoras planeiam aumentar investimentos em ativos privados

Foco em energia limpa e sustentabilidade

Um dos grandes destaques do relatório da BlackRock é a aposta das seguradoras em infraestruturas de energia limpa, como forma de contribuir para a transição para uma economia de baixo carbono. Cerca de 60% das seguradoras estão já a investir em áreas como energia eólica e solar, bem como em tecnologias emergentes como baterias e armazenamento de energia. Este foco reflete uma crescente consciência da necessidade de reduzir as emissões de carbono e enfrentar os desafios climáticos globais. Além disso, 66% das seguradoras afirmam que estão mais empenhadas em investir na transição para uma economia de baixas emissões de carbono do que no ano anterior.

O papel das seguradoras na transição climática

As seguradoras estão a adotar cada vez mais estratégias de mitigação de riscos climáticos, reconhecendo que as alterações climáticas representam um dos maiores desafios do século XXI. O relatório revela que 57% das seguradoras estabeleceram metas claras para integrar a transição climática nas suas carteiras de investimentos. O objetivo é mitigar os riscos associados aos fenómenos climáticos extremos e adaptar-se a um cenário regulatório cada vez mais exigente. Estes esforços visam responder às expectativas dos stakeholders e cumprir com as obrigações legais, ao mesmo tempo que asseguram uma abordagem sustentável e de longo prazo.

Desafios regulatórios e tecnológicos

O ambiente regulatório e macroeconómico é uma das principais preocupações para as seguradoras. O relatório aponta que 69% das seguradoras identificam o risco de taxa de juro como um fator de grande preocupação, enquanto 52% mencionam o risco de liquidez. Para lidar com esses desafios, as seguradoras estão a apostar cada vez mais na tecnologia, com 63% a destacar a importância da alocação integrada de ativos e 61% a focar-se na gestão de ativos e passivos.

A utilização de tecnologia é vista como um meio eficaz de enfrentar os desafios de avaliação de ativos privados e os requisitos de capital regulamentar. Além disso, 53% das seguradoras estão a investir em tecnologia para otimizar a modelação de ativos privados e obter maior flexibilidade na gestão das suas carteiras.

Alocação de ativos e estratégias de investimento

Quando se trata da alocação de ativos, as seguradoras estão a adotar uma abordagem equilibrada entre ativos públicos e privados. Nos mercados públicos, 42% dos inquiridos planeiam aumentar a sua exposição a obrigações governamentais, enquanto 33% têm como prioridade obrigações indexadas à inflação. Já no setor privado, a procura por dívida privada tem vindo a aumentar, com um foco particular em private placements e dívidas de infraestruturas, que oferecem uma maior flexibilidade e personalização.

Com estas estratégias, as seguradoras estão a posicionar-se para enfrentar as incertezas dos próximos anos, apostando em ativos que suportem as suas responsabilidades a longo prazo e aumentem o rendimento através da iliquidez.

 

Com formação em Marketing e em Pubicidade, faz parte do núcleo de fundadores do portal Seguros Mais.

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