Parabéns Crédito Agrícola
Este artigo aborda um facto já não muito atual, mas que chamamos aqui porque entendemos que não foi publicitado o suficiente. Não se refere sequer a uma seguradora, mas sim a um banco, um grupo económico que também detém uma seguradora.
O Crédito Agrícola ao contrário dos restantes bancos portugueses, conseguiu um resultado líquido positivo de 53.3 milhões de euros no ano passado, registando assim um crescimento de 46.8% face ao ano anterior. Onde os outros bancos tiveram prejuízo, este banco de proximidade que em muitas localidades portuguesas do interior é a única dependência bancária existente, não só teve lucro, como crescer.
É o próprio presidente do CA, João Costa Pinto que entende que a instituição que lidera conseguiu escapar aos prejuízos dos maiores bancos portugueses por ter uma operação bancária com características muito especiais, nomeadamente, devido à aposta na banca de proximidade com os clientes.
É no Crédito Agrícola que o crédito concedido às pequenas e médias empresas tem um peso maior – 46 por cento. Em 2011 subiu ainda mais um por cento face a 2010, pelo que se pode verificar que o CA não só não tem restringido o crédito às empresas, como até tem aumentado o apoio.
Este desempenho conseguido mesmo com uma aposta nas indesejáveis PME, é algo que deveria envergonhar os grandes (de tamanho) bancos, mas na realidade pequenos de competência e de apoio às necessidades das famílias e empresas nacionais, que apostaram em operações especulativas da ordem daquelas que têm levado para a crise as economias nos últimos anos.
Nem o banco do Estado, de que todos somos acionistas – a Caixa Geral de Depósitos – foi capaz de servir (não deveria ser a sua função afinal?) para assegurar o financiamento às empresas e apresentou quase 500 milhões de euros de prejuízo.
Ora aqui está um banco – o crédito agrícola – que parece fazer algum jus aos chavões de marketing que emprega: seguramente ao seu lado.