De Chartis a AIG e a oportunidade de uma vida
Aconteceu quase de tudo à AIG nos últimos quatro anos.
A AIG estava posta em sossego como a maior seguradora do mundo, quando em 2008 esteve à beira da bancarrota e foi salva pelo Tesouro norte-americano.
Daí que durante três anos foi necessário separar a marca de seguros do escândalo financeiro que envolveu a AIG nos EUA.
A Chartis foi a marca adotada para a área dos seguros Não Vida, e os negócios continuaram a fazer-se com o nome Chartis, mas agora, o grupo volta a identificar-se com a marca AIG.
Em Portugal, ao longo destes anos em que a AIG, enquanto marca esteve em stand-by, nunca houve um impacto muito negativo.
OS responsáveis tentaram, e pelos vistos conseguiram explicar aos seus clientes, que o negócio dos seguros era sólido, e que o problema que afetou o grupo AIG não nasceu nos seguros, mas sim na área de investimentos de outra empresa pertencente ao grupo.
AIG aposta no apoio à internacionalização das empresas
Para o futuro imediato, a aposta da AIG é no apoio às empresas em processo de internacionalização.
Segundo os responsáveis, a estratégia da seguradora passa muito por esse eixo, alicerçado no reconhecimento da marca como tendo produtos de grande abrangência em termos de cobertura, e com preços competitivos.
A este reconhecimento e segurança para os clientes, ajudará o facto de serem a maior e a mais internacional companhia de seguros do mundo.
A oportunidade de uma vida
Se em termos operacionais na área dos seguros, a AIG parece estar de saúde, em termos de bolsa e de investimento, a seguradora, ou melhor, a aposta no grupo de que faz parte a seguradora, é apontada como uma das oportunidades que aparecem uma vez numa geração.
É a convicção dos analistas do Bernstein Research, que admitem que estando agora o Tesouro americano, fora do capital da empresa, e estando a AIG novamente cotada em bolsa, este vai ser o ano em que a AIG começará a fazer progressos em termos de resultados, regressando à compra de ações próprias e provavelmente instituindo um dividendo.
A Bernstein Research vê aqui uma oportunidade única para se poder comprar um negócio em recuperação a um desconto substancial.