Fidelidade estima que pensões deverão cair 35.8% em 2050
Damos-lhe conta de um estudo da seguradora Fidelidade que alvitra que no ano de 2050 a remuneração dos pensionistas deverá cair cerca de 35 por cento.
O estudo Inovar a Reforma, da Fidelidade Mundial, afirma que os portugueses que se reformarem nos próximos anos vão sentir uma descida crescente da sua remuneração.
A quebra da reforma já se irá sentir para quem se reformar neste ano de 2012 que assistiu ou assistirá a uma redução da pensão em 3.92%.
Para o exemplo de uma pensão de mil euros, o fator de sustentabilidade fez baixar a pensão para 961 euros.
Estes 39 euros por mês de decréscimo serão cada vez mais, nos próximos anos, à medida que as pessoas se reformarem.
O estudo da Fidelidade Seguros tem fins pedagógicos, já que visa realçar a necessidade dos portugueses se preocuparem com a respetiva reforma, nomeadamente incentivando-os à poupança, de modo a poderem garantir que o rendimento que terão disponível não entre em queda abrupta quando se reformarem.
Em 2050, o número de idosos duplicará em relação ao número de crianças.
Se hoje em dia temos um índice de envelhecimento da população de 129. A Fidelidade concorda com a previsão de que em 2050 este índice chegue a 200, o que significará que por cada cem crianças e jovens até 14 anos haverá duzentos idosos
É evidente que estas mudanças estão a ser infletidas pela tendência de envelhecimento da população nacional, a par de uma tendência contrária decorrente da simultaneidade de uma maior esperança de vida, com as reduzidas taxas de natalidade.
Equilíbrio da segurança social
O equilíbrio entre contribuintes e beneficiários do sistema da segurança social está posto em causa.
No ano passado, Portugal contabilizava seis pensionistas por cada dez trabalhadores ativos, quando há cerca de trinta anos, a taxa era de quatro para dez.
Poupar o mais cedo possível
As conclusões que decorrem deste estudo patrocinado pela Seguros Fidelidade remetem para a necessidade de começar a poupar o mais cedo possível. Quanto mais cedo se começar a poupar, num esforço que se assuma relativamente estável ao longo da vida ativa, mais facilmente se garantirá uma maior poupança acumulada e menores serão os sacrifícios que o contribuinte terá que fazer ao longo da vida ativa.
Um contribuinte de 25 anos que pretenda ter aos 65 anos uma poupança de 48 mil euros – o valor de complemento hoje teoricamente necessário para juntamente com a pensão da Segurança Social, manter um rendimento mensal de mil euros, deverá começar a poupar no imediato cerca de 100 euros por mês.
Atente-se, que se o indivíduo de 25 anos adiar este esforço para os 45 anos, os números duplicam, o seja, a poupança terá de ser de 200 euros mensais.