Se conduzir não digite mensagens SMS nem emails
Já sabemos que na estrada todos os cuidados são poucos, ou pelo menos, temos essa consciência quando “paramos para pensar”. O problema é que muitas vezes ao conduzir, de tão corriqueiro que é fazê-lo, ligamos o chamado “piloto automático”, e a nossa mente pode divagar, contrariando a máxima de que quando estamos ao volante, devemos manter os olhos na estrada, as mãos no volante e a mente bem focada na condução.
Os motivos para distração são muitos, e particularmente nos tempos que correm, pensar nos problemas financeiros e na falta de emprego, pode-se juntar aos pensamentos direcionados para os problemas pessoais de cada um, como a educação dos filhos, a doença, a morte de um familiar, ou os dilemas conjugais.
Pelo que novas razões para nos distrairmos enquanto conduzimos, são bem dispensáveis … mas nós arranjamo-las, é ver quantos de nós utilizam os popularizados smartphones durante a condução.
Segundo um estudo do Allianz Center for Technology, as distrações do condutor estão na base de um em cada três acidentes de viação. Na causa destas distrações, tem estado na maior parte dos casos, a utilização de dispositivos móveis, estabelecendo conversação ou enviando SMS (Short Message Service) e emails.
O Allianz Center for Technology apurou que dois em cada dez condutores admitem por vezes, escrever SMS ou emails enquanto conduzem e um em cada três lê essas mensagens enquanto ao volante.
O mais preocupante é que o mesmo estudo indica que o problema se tem vindo a agravar de forma crescente.
Conclusões do estudo sobre a distração na condução
- 40% dos questionados costuma fazer chamadas sem qualquer sistema de mãos de livres, apesar de 60% ter consciência de que a utilização do telemóvel é uma das mais perigosas fontes de distração.
- Os condutores inquiridos que utilizam smartphones, tiveram pelo menos mais um acidente, comparativamente com os que não os utilizam.
- 25% dos inquiridos confessam que, por vezes, pensam noutras coisas que não a condução quando estão ao volante.
Se não bastassem estes resultados para percebermos do perigo de partilharmos a atenção à estrada com a utilização de telemóveis e smartphones, particularmente para escrever mensagens, relembramos aqui um estudo já com alguns anos, publicado nos Estados Unidos, que defende que escrever mensagens enquanto se conduz, é mais perigoso do que o próprio ato de atender o telemóvel.
O estudo do Virginia Tech Transportation Institute (VTTI), avança que o maior risco advém do facto do condutor ser obrigado a desviar os olhos da estrada para poder dactilografar a mensagem.
Geralmente, durante a condução, o que leva o condutor a baixar os olhos, é aquilo que se apresenta mais perigoso e mais provável de levar ao acidente.
No caso particular da redação de SMS, o estudo conclui que o condutor pode chegar a desviar o olhar da estrada, durante seis segundos, o que à velocidade de 90 km/h, equivale a percorrer o comprimento de um campo de futebol, uma centena de metros, sem estar a olhar para a estrada.
Perigoso, não?
Factos apurados no estudo sobre segurança automóvel
- Conversar ao telefone permite aos condutores manter os olhos na estrada e não representa um risco tão grande como “teclar”. A conversação ao telefone aumenta 1.3 vezes o risco de acidente.
- O simples facto de escrever um número de telefone – ação que implica baixar os olhos – aumenta o risco de acidente 2.8 vezes.
- Procurar um objeto no automóvel coloca igualmente em perigo o condutor, num risco 1.4 vezes maior.
Veja este vídeo produzido pela polícia do Pais de Gales. Enquanto o recordar, não vai querer usar o telemóvel ou o smartphone para digitar enquanto conduz.
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