Crise incentiva a simulação de acidentes para defraudar companhias de seguros
A crise económica e financeira que estamos a atravessar e teimamos em não ultrapassar, está a contribuir para um acréscimo de fraudes no sector segurador, sobretudo nos ramos não vida. José de Sousa, presidente da Liberty em Portugal, ainda hoje o confirmou em entrevista ao Dinheiro Vivo.
A fraude é um fenómeno terrível com o qual as seguradoras têm cada vez mais que lidar e que tem provocado consequências nefastas para a totalidade do sector.
Segundo o presidente da Liberty, estratagemas fraudulentos manifestam-se principalmente no seguro automóvel, com simulações e falsificações de acidentes, bem como falsificações a nível das oficinas.
Também no ramo dos seguros multirriscos para o lar, José de Sousa aponta que como consequência das tempestades há muitas pessoas que declaram na cobertura de danos elétricos que houve aparelhos eletrodomésticos e computadores que queimaram.
Quando os peritos procedem à inspeção destes equipamentos acabam por perceber que estes foram danificados pelos próprios segurados.
O presidente da Liberty refere ainda situações de roubo.
Quando interrogado sobre quanto representa a fraude no sector segurador, José de Sousa mostrou-se incapaz de o quantificar, mas avançou que a sua seguradora tem procurado combater o flagelo de forma ativa, e apresentou como resultado desse esforço, uma poupança de quatro a cinco milhões de euros com a deteção de tentativas de fraude.
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