Lady Gaga processa companhias de seguros
Um concerto cancelado de Lady Gaga na Indonésia, está na base de um processo contra companhias de seguros dos EUA.
O processo foi intentado por três promotoras de espetáculos, que não se conformam com a anulação do espetáculo, supostamente devido a ameaças de fundamentalistas islâmicos.
A The Atom Factory, a Live Nation LGTours, e a Mermaid Touring, estão a pelejar com três seguradoras ligadas à Lloyds, às quais exigem uma indemnização de pelo menos 57 mil euros.
O espetáculo de Lady Gaga, incluído numa digressão pela Ásia onde a cantora também atuará em Manila e em Banguecoque, não estava autorizado pela polícia indonésia, que pretendia que a diva da música pop minorasse o seu tom irreverente e reconsiderasse o seu guarda-roupa.
A Indonésia é o maior país de maioria muçulmana do mundo e Lady Gaga não parece estar nas melhores graças dos que professam o Islamismo.
A Frente de Defensores do Islão, uma organização radical indonésia, culpou Lady Gaga de compor versos satânicos nas suas letras e de promover a pornografia.
O grupo radical ameaçou mesmo receber a cantora no aeroporto internacional de Jacarta, não para a felicitar, mas sim para a impedir de atuar na capital indonésia.
Caso não lhes fosse possível obstaculizar a chegada de Gaga, a frente de defensores dos Islão ameaçou infiltrar-se entre os espetadores do concerto e sabotarem o espetáculo que estava programado para o estádio Bung Karno, o maior em termos de capacidade, neste périplo asiática da diva do pop.
Dado o panorama de risco, as companhias de seguros não quiseram segurar a realização do evento, e as três promotoras acusam-nas de uma conduta desprezível que os sujeitou a um sofrimento cruel e injusto.
As promotoras do concerto de Jacarta tiveram assim que devolver o montante dos 52 mil bilhetes que já tinham vendido, e é com base nesse valor que estão a intentar o pedido de indemnização às seguradoras americanas.